Ariano Suassuna
O dramaturgo, romancista e poeta brasileiro Ariano Vilar Suassuna nasceu em João Pessoa, no dia 16 de junho de 1927, filho de João Urbano Pessoa de Vasconcelos Suassuna e Rita de Cássia Dantas Villar. Seu nascimento coincidiu com uma procissão de Corpus Christi na capital paraibana.
Em 1930, aos três anos de idade, perdeu tragicamente o pai, vítima de um crime político, no Rio de Janeiro, por apoiar o então candidato a vice-presidente na chapa de oposição liderada por Getúlio Vargas, João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque, também assassinado. Sua mãe teve que fugir várias vezes com a família, perseguida pelos assassinos de seu marido. Ariano Suassuna realizou seus estudos fundamentais em Taperoá, sertão da Paraíba, pois aí passou a infância, no Sítio Acauã. Nesta região ele teve os primeiros contatos com a cultura popular, presenciando um teatro de mamulengos e um desafio de viola.
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Em 1942, no início da adolescência, Ariano parte com a família para Recife, onde finalmente lança raízes. Ele estudou no conhecido Ginásio Pernambucano e depois no Colégio Oswaldo Cruz. No ano de 1946, o jovem Suassuna ingressou na Faculdade de Direito de Recife, aí convivendo com escritores, atores, poetas, romancistas e demais aficionados por arte e literatura. Conheceu então Hermilo Borba Filho, ao lado de quem fundou o Teatro de Estudantes de Pernambuco.
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Em 1942, no início da adolescência, Ariano parte com a família para Recife, onde finalmente lança raízes. Ele estudou no conhecido Ginásio Pernambucano e depois no Colégio Oswaldo Cruz. No ano de 1946, o jovem Suassuna ingressou na Faculdade de Direito de Recife, aí convivendo com escritores, atores, poetas, romancistas e demais aficionados por arte e literatura. Conheceu então Hermilo Borba Filho, ao lado de quem fundou o Teatro de Estudantes de Pernambuco.
Ele se graduou em Ciências Jurídicas e Sociais em 1950, formando-se também em Filosofia, no ano de 1964. Apesar de ser criado como calvinista, tornou-se depois partidário do agnosticismo. Mas foi sua conversão à religião católica que influenciou sem dúvida nenhuma sua produção artística. A iniciação no universo literário se deu no dia sete de outubro de 1945, ao publicar seu poema ‘Noturno’ no "Jornal do Comércio do Recife". Sua peça inaugural de teatro foi "Uma mulher vestida de sol", adaptada do romanceiro popular do Nordeste. Com esta produção, Ariano conquistou o prêmio Nicolau Carlos Magno, em 1948.
No final da década de 50 ele se casa com Zélia de Andrade Lima, e com ela tem seis filhos. Nos anos 60 ele institui o Conselho Federal de Cultura, o qual integra de 1967 a 1973, e o Conselho Estadual de Cultura de Pernambuco, no qual atua de 1968 a 1972. Em 1970 ele lança o Movimento Armorial, com a intenção de produzir cultura erudita mesclada à cultura popular nordestina, englobando todas as formas de arte – música, dança, literatura, artes plásticas, teatro, cinema, arquitetura, entre outras.
Ariano assumiu o cargo de Secretário de Educação e Cultura do Recife de 1975 a 1978. Tornou-se Doutor em História pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1976. No final da década de 80, mais precisamente em agosto de 1989, conquistou a cadeira da Academia Brasileira de Letras, antes pertencente ao escritor Genolino Amado, sendo empossado em maio de 1990.
Sua obra inclui os célebres Auto da Compadecida, adaptado também para a TV e o cinema, e A Pedra do Reino, além de O desertor de Princesa (1948); Os homens de barro (1949, inédita); Auto de João da Cruz (1949); O arco desabado (1952); O santo e a porca (1957); O casamento suspeitoso (1957); A pena e a lei (1959); Farsa da boa preguiça (1960); A caseira e a Catarina (1962). Em 2002 ele se torna tema do enredo da escola de samba Império Serrano, no Rio de Janeiro; no ano de 2008 ele é novamente abordado por uma Escola Carnavalesca, a Mancha Verde, de São Paulo.